sábado, setembro 05, 2015
sábado, maio 16, 2015
segunda-feira, novembro 22, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
Memorias ou leituras
Não é de hoje nem de ontem o meu prazer pela leitura.
Vem do século passado (ui, vem do milénio passado!) e acredito que entre outros o pai foi sem dúvida um dos principais responsáveis.
O pai e aquele livrinho pequenino, com uma capa de couro gravada, as páginas amarelecidas e uma escrita ainda meio arcaica, desenhada em estilo gótico como convinha ao tempo em que foi impresso. Era (ainda é) um dos tesouros da vasta biblioteca do pai, aquela onde só entravamos acompanhados, de mãos lavadas e só tocávamos no que nos autorizava, embora os seus olhos brilhassem (ainda brilham) cada vez que lhe pedíamos algum.
Deve ser das minhas primeiras recordações “e hoje que história queres que conte ou leia?” perguntava-nos ele todas as noites e eu, tão pequenita que nem lembro a idade, pedia-lhe invariavelmente “aquele papá, aquele, o pequenino” então na sua voz expressiva, inconfundível, lá começava ele a lê-lo e eu a tentar manter os olhos abertos para não perder pitada.
Claro que não entendia nada, porque na meninice de uns 4 ou 5 anos é impossível entender Camões e a odisseia narrada em algo tão sublime como “os Lusíadas”. E, contudo, estou certa que foi aí que nasceu o meu prazer pelos livros.
Depois estranhamente (como dizia a mãe) lá veio aquela professora no 5º, ano de exame, quase no final de liceu, afirmar que ou eu aprendia a ler como deve ser, sem soletrar as sílabas como uma criança ou teria uma surpresa na pauta.
Foi assim que conheci o capitão B. que tinha estudado no seminário e, amigo do pai, lá garantiu que não se preocupassem que eu havia de ler que nem um célebre erudito.
Deixei o célebre erudito de lado mas aquela hora que lá passava todos os dias a ler em voz alta transformou-se no prazer que ainda hoje agradeço.
Aprendi que quando leio não me basta o enredo, foco-me nos pormenores que me permitem ou não ver (ou será viver?) a cena, fixo-me na capacidade da descrição ou na potencialidade da imaginação, na criatividade, no vocabulário mais ou menos vasto, no tipo de pontuação e em tantas outras características que uma página pode conter.
“Para ler bem tens de entender o que lês mas sobretudo tens de o sentir” dizia-me e é nisso que mais me concentro: no que sinto, sejam quais forem as palavras que os olhos percorrem.
Muito mais tarde cruzei-me com contadores de histórias, aquelas figuras fenomenais que me encantam e transportam para outro mundo.
E autores de livros fantásticos, com mais ou menos sucesso na banca.
Finalmente, encontrei os bloguistas aquelas personagens desconhecidas, sem rosto e sem voz, mas que muitas vezes são autênticos príncipes na arte de escrever porque nos fazem sentir, porque nos fazem conhecer deles o que nunca veríamos só por lhes olhar os rostos.
Estranhamente (mais uma vez), acabo por reconhecer que não sou dada à poesia que as minhas limitadas capacidades nem sempre permitem entender, mas mais uma vez, cativa-me se a sentir. Gosto de ler. Adoro ler.Como se ler tivesse o condão de me transportar para outros espaços, outras vivências, outras formas de ver o mundo, a História ou o Homem.
E pensar que tudo começou com os “cantos” transcritos num livrinho que eu não entendia mas se entrosava como um bichinho.
Escarlate
quarta-feira, dezembro 23, 2009
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Como eu não poderia deixar de opinar sobre o assunto, mandei esta cronica para o jornal Diário de Viamão, e ela passou a ilustrar uma das matérias que circulou sobre o assunto.
Ah, e vale lembrar: a cidade dos professores carrascos é a única em que os motoristas param na faixa de pedestres mesmo que sem semáforo, para alguém atravessar a rua.
Abaixo, o texto enviado ao jornal:
Vai ser um depoimento rápido, sucinto e indolor...
Sim, venho hoje me retratar como uma vítima do trabalho infantil.
Praticamente todo o ensino de nível fundamental estudei em escolas privadas... e religiosas. E como reza a lenda, todas as administrações religiosas são carrascas.
Qual a diferença entre uma escola pública e uma privada? Ora... esta é fácil!
A pública forma operários, e a privada, líderes.
Mas a grande verdade é esta: os irmãos e irmãs que me educaram, faziam com que meus colegas e eu limpássemos a sala de aula uma vez por mês.
Faziam com que varrêssemos a sala de aula todas as vezes que trabalhávamos com recortes de papel. E também faziam com que plantássemos árvores.
E que passássemos álcool no quadro negro, sujando nossas pequenas mãozinhas... ah, e uma vez tive que ajudar a pintar as linhas de uma quadra de basquete.
Assim vivi minha infância dos seis aos treze anos. E muitas marcas foram deixadas.
Não sou uma líder, muito menos rica e bem sucedida.
Mas sou traumatizada.
E é este trauma que faz com que eu seja grata às faxineiras do local onde trabalho, e que eu não me importe em passar um paninho na parte de traz de um computador quando elas não alcançam.
É este trauma que faz com que ensine aos meus filhos a não jogar papel no chão.
É este trauma que faz com que eu não piche as obras de arte da Bienal do Mercosul, e muito menos os muros dos vizinhos, já que eu sei o trabalho que tiveram para pintar.
É este trauma que me fez uma cidadão de bem, consciente de meus direitos, mas principalmente de meus deveres.
O início assusta, não é?
Mas meus senhores e minha senhora, mãe de “criança traumatizada”:
o Estatuto da Criança e do Adolescente tem duas partes, e não só uma.
A primeira fala dos direitos, e outra dos deveres, como em qualquer constituição... mas como qualquer bom brasileiro, a maioria não lê um livro por inteiro, ou decora a sinopse se considerando a pessoa mais instruída do mundo.
Aliás... chamem psicólogos para tratar quem doa seu trabalho voluntário para pintar escolas e depois tem que assistir delinquentes pichando.
Estes cidadãos sim, tem motivo para ficarem com traumas, sofrendo com este dano moral.
Obrigada aos carrascos da minha infância.
Hoje eu sei o que é educação... a que faz o caminho ser aberto para a vida.
Porqueabsurdo
segunda-feira, novembro 30, 2009
Circular na rua, nas lojas, nos centros comerciais, jardins, transportes e demais locais públicos e a todo o momento ouvir filhos não sei de quem ou vai para a con@ da tua mãe é capaz de ser uma música agradável para alguns e nesse caso serei eu que tenho mau gosto (ou não…)
Está bem, chamem-me puritana, antiquada e o raio que o parta, porque eu nem me importo de ter um desses famosos rótulos a enfeitar-me, afinal há outros bem piores. Mas nem por isso vai deixar de quase (porque total é difícil) me irritar passar no raio de um corredor de escola ou universidade e ouvir a toda a hora, em altos berros caralh… fod… e afins como se estivessem a utilizar a linguagem mais delicada do mundo.
Pior ainda é ficar na dúvida se tais palavritas farão parte de um novo acordo ortográfico declaradamente assumido por professores (e srs drs ou stôres ou profs drs...) já que o mesmo se ouve nas magestosas boquinhas dos ditos cujos. Sendo assim, deverei adquirir o excelente e completo dicionário?...
Ok, palavrão toda a gente diz pelo menos 1 vez na vida, o mais não seja quando bate com a merd@ do carro, quando parte a porra dos ovos ou quando recebe a put@ da conta do gás ou mais grave, quando olha para o caralh@ do recibo de vencimento e percebe que alguém o está a fod..., mas… é mesmo preciso a toda a hora, a todo o momento e como se tivesse um megafone colado aos beiços, dizer cinco asneiras em cada duas palavras (não, não é erro de contas)?!
quarta-feira, outubro 07, 2009
Tá ligado no movimento?
Além do mais sabia que se tinham conhecido na Indonésia e que me habilitava a uma hora de conversa sobre esquerdas, direitas, spots e locals.
O Rodrigo chega numa bicicleta de motor eléctrico “que é para não transpirar” e distribui “belezas” a cada 30 segundos.
Tem uma presença agradável demais para não se simpatizar com ele e acabamos a visitar a sua produtora.
- Quem é que vou fotografar? - pergunto.
Respondem em uníssono:
- Meton! É o grafiter e criativo e tem um figuraço!
O Meton não está e eu vou-me embora no dia seguinte.
Que se lixe…enviam-me a fotografia depois.
Exacto… esta não fui eu que tirei, mas o Rafinha "bateu-a" propositadamente para a ocasião. Mas que fique claro…não sou eu que sou muito simpático.
O que eu acho é que este projecto é mesmo bom.
Tudo o que eu quero é poder gabar-me de o ter descoberto primeiro! Deixo-vos o "figuraço" ao lado da sua obra
domingo, setembro 20, 2009
segunda-feira, maio 04, 2009
domingo, maio 03, 2009
Estatutos/Regulamentos do clube das virgens
ESTATUTOS / REGULAMENTOS DO CLUBE DAS VIRGENS
CAPÍTULO I
DENOMINAÇÃO – NATUREZA
ARTº 1
Clube das Virgens, fundado em treze de Janeiro do ano de dois mil e oito (13 - 01- 2008) rege-se pelos presentes Estatutos / Regulamentos.
ARTº 2
O Clube das Virgens, é completamente alheia a todas as manifestações de caracter Político, Desportivo e Racial, não tem fins lucrativos e visa a união e convívio de todas as Mulheres que fizeram a opção de o serem, ou / e por razões que a cada uma diz respeito ainda não sentiram vontade de deixar de o ser…pretende se:
1. O convívio entre Mulheres Virgens.
2. Troca de ideias
3. Troca de experiências
4. Debates
5. Participar em iniciativas organizadas pelo Clube das Virgens
6. Organização de desfiles «miss clube das virgens»
7. Angariação de Fundos para Instituições de Solidariedade Social e ajuda Humanitária.
CAPÍTULO II
SIMBOLO
ARTº3
O Clube das Virgens, é referenciado com uma imagem no formato de Mulher Anjo, simbolizando a pureza da Mulher…
ARTº 4
É proibido o uso do símbolo do Clube das Virgens em reuniões, sem conhecimento da Direcção representada pela sua Presidente.
CAPÍTULO III
SÓCIAS
SECÇÃO I
CANDIDATURAS - CLASSIFICAÇÃO E ADMISSÃO
ARTº 5
Podem ser sócias do Clube das virgens, todas aquelas que satisfaçam o constante no artigo 2, todas as sócias têm todas os mesmo direitos e deveres.
SECÇÃO II
DIREITOS – DEVERES
ARTº 6
DIREITOS DAS SÓCIAS
Direitos das sócias, só nas seguintes condições:
1. Angariar novas sócias.
2. Assistir a reuniões de Direcção, podendo intervir com o consentimento da mesma.
3. Toda a sócia tem direito a um cartão de associada.
DEVERES DAS SÓCIAS
1. Exibir sempre o cartão de Sócia, sempre que lhe for solicitado por pessoa mandatada para esse fim.
2. Comunicar sempre Deveres das sócias, nas seguintes condições
3. Honrar e prestigiar o bom-nome de todas as Mulheres que fazem parte deste Clube, contribuindo em todas as circunstâncias para o seu engrandecimento
4. Manifestar os seus pontos de vista, de forma correcta á Direcção.
5. Desempenhar com toda a dignidade a sua representação em nome do Clube.
6. Em actividades de angariação de Fundos para Instituições de Solidariedade Social, todas as participantes contribuem para o mesmo fim.
7. A Sócia a que se refere o Artº 2, não fica obrigada a entregar o seu cartão de associada.
Ponto único – é da exclusiva competência da Direcção, a exclusão e admissão de associadas.
SECÇÃO III
DISTINÇÕES
ARTº 7
Todas as sócias que se notabilizarem pela sua dedicação e empenho ao Clube e respeito pela sua semelhante, serão entregues as distinções:
A) Louvor.
B) Diploma.
ARTº 8
O Louvor é atribuído á sócia que, por qualquer feito especial, o mereçam.
ARTº 9
O Diploma é atribuído á sócia que, esteja inscrito a mais de dois anos, que não tenha sofrido qualquer penalização ou ainda que tenha sido distinguida por alguma entidade extra – Clube.
ARTº 10
Sob proposta de qualquer sócia, com base fundamentada e por escrito, pode propor um Louvor a outra sócia, proposta esta endereçada á Presidente da Direcção, que depois de analisada, será ou não atribuído.
SECÇÃO IV
PENALIDADES
ARTº 11
São punidas com a expulsão de sócia, todas aquelas que cometam as seguintes infracções:
1. Não acatar o constante nos Estatutos / Regulamentos.
2. Injuriar ou ofender qualquer associada.
3. Injuriar ou ofender membros dos partidos políticos, religiosos e fomentar o racismo.
4. Ter comportamento incorrecto para com outras associadas ou adversárias nas actividades do Clube.
5. Ter mau comportamento na Sociedade Civil, denegrindo a imagem do Clube e das suas Associadas.
6. Mandar ou destruir a publicação de qualquer actividade do Clube, demonstrando o desprezo total pelo mesmo.
7. Criar ou fomentar a criação de grupos dentro do Clube, de modo a perturbar o bom funcionamento das diversas actividades do Clube.
ARTº 12
As sanções aplicáveis pela Direcção:
1. Advertência por escrito à sócia infractora.
2. Expulsão, quando tiver duas advertências por escrito e lavradas em Acta.
3. Expulsão directa, na infracção aos nºs 5 e 6 do Artº 11
ARTº 13
As penalidades a que se referem os artigos 11, só são aplicadas depois de ponderadas e fundamentadas em reunião de Direcção, ou decisão da Presidente, não havendo o direito ao recurso.
No nº 3 do Artº 12, a decisão de expulsão directa, é unicamente da responsabilidade da Presidente da Direcção.
ARTº 14
A sócia expulsa não pode ser readmitida.
ARTº 15
O cartão de sócia do Clube das Virgens, consta numa das faces o nome do Clube denominado “ Clube das Virgens “e a data da fundação, o nome da associada, o símbolo do Clube ao centro que é o constante no artigo 3 No verso constam os seguintes elementos:
1. Localidade de residência da associada.
2. Data de nascimento
3. Assinatura da Presidente.
ARTº 16
As receitas conseguidas de actividades ou outra forma de angariação de fundos, destinam-se por inteiro a Instituições de Solidariedade Social ou ajuda Humanitária, previamente definidas.
ARTº 17
É inteira competência da Presidente deste Clube a continuação ou a anulação do mesmo.
Atentamente: Magui
Presidente do primeiro e oficial clube das virgens em Portugal!sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Gigante de águas que corta as fronteiras
E as selvas bravias do imenso sertão
Azul como o emblema da nossa bandeira
Banhando as divisas da nossa nação
Unindo os estados do Sul e do Norte
Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Pará
Suas curvas fidalgas enfeitam seu porte
E as lindas paisagens do “azul Paraná“.
Suas águas serenas são lágrimas virgens
Vertidas da terra, que encanto lhe dá
No seio das matas, tiveste a origem
Que hoje se espelham no “azul Paraná“.
O canto das aves, o cheiro das flores
O grito de guerra do índio tupi
Embalam teu sono cantando louvores
E enquanto tu dormes, velamos por ti
Audazes bandeirantes em eras passadas
Buscaram esmeralda que em teu seio está
Com sangue escreveram teu nome na espada
Heróis que tombaram no “azul Paraná“.
Montanhas e serras atrás vai deixando
Pra onde caminhas ninguém saberá
Saudades, esperanças, contigo arrastando
No espelho das águas do “azul Paraná“.
CASCATINHA & INHANA
Vê Barrosquinta-feira, fevereiro 19, 2009
Era uma vez
Era uma vez que de miúda se fartou de ser, não queria ser apenas uma ocasião, muito menos uma repetição.
Não queria ser alternativa ao comum e ao mesmo tempo não queria ser uma simetria dos demais. Basta!
A vez queria crescer, não queria ser começo de história juvenil, não queria ser tudo aquilo que lhe diziam ser, queria arrancar um movimento reaccionário, revoltar-se contra a sua identidade, transformar-se...
Colocou um chapéuzinho na sua vogal, arrancou a dentes o seu zê e, no meio de bailaricos de verão, conquistou um bonito ésse, mais maduro...
Agora que era gente feita, que tinha crescido, queria aprender mais sobre a vida.
Não queria estar agarrada a um verbo, que a fazia mulher comprometida, que a agarrava a uma prisão.
Pois, apesar de promiscua, a sua irreverência e libertinagem fê-la mudar de ares, fugir de conjugações que a prendiam a amores eternos e enjaulados.
Fugiu!
Ao fugir, deixou para trás o seu altivo vê a chorar... Num caminho sem rumo, encontrou um éme que a deixou encantada.
Era a ele que se queria juntar.
Apesar de menina má que era, pretendia recompor a sua vida, agarrar-se ao éme, estático e austero... Porém, mais uma vez, se fartou de estar presa, não era mulher para estar presa, cada vez mais se mentalizava disso, não se podia agarrar a tudo o que mexia com o seu confuso e palpitante coração.
Farta de ser um conjunto de dias, que apesar de irregulares, a aborreciam, deixou mais uma paixão para trás.
Começava a gostar da sua vida alucinante, tornara-se uma mulher que procurava prazer carnal, pura e simplesmente prazer carnal, mas que ao mesmo tempo sentia prazer em despedaçar os corações das suas paixões momentâneas, essas letras que tanto a perseguiam à procura de fornicação selvagem e acabavam por se render ao seu charme de palavra bem feita.
Abandonou o chapelinho de jovem promiscua!
Abandonou o ésse que durante tanto tempo a acompanhou!
Abandonou o é que a lembrava dos seus tempos de criança!
Deitou fora a sua identidade e deixou-se encantar por um á matreiro, bonacheirão... Apenas deixou ficar o éme, um capricho, um favor...
Era agora um forte adjectivo.
Sentia-se satisfeita com a vida que levava, cru e duro adereço.
Sorria agora.
Era palavra forte, era alicerce usado para marcar posição, era feliz assim, vivendo a adjectivar grosseiramente palavras, palavrões e palavrinhas...
Tinha poder de classificar, de deitar abaixo...
Os anos passaram-se e continuava feliz, contudo algo estava mal.
Talvez cansara-se da monotonia do austero éme, ou da vida boémia do á garanhão, ou mesmo do tímido acento que acompanhava o na fanfarra.
Talvez estava farta de ser adjectivo.
Talvez estava farta de deitar abaixo outras palavras.
Talvez...
Olhava para trás e via o que tinha subido na vida.
Via sucesso. Mas nenhuma palavra ou acento conseguia retirá-la daquele histograma de depressões e melancolias... Porquê?
Queria agora voltar atrás e ser o que era... O início de uma história juvenil.
Porém, era muito tarde.
O fim da história aproximava-se.
O escritor cansou-se.
FIM
Rubrica Maltratada
terça-feira, dezembro 23, 2008
quarta-feira, dezembro 03, 2008
segunda-feira, junho 30, 2008
Cretinos mandam tribunal fechar Blogue e acham que assim resolvem o problema…
Infelizmente, em Portugal continua a vigorar a censura cinzenta imposta pelos mais cinzentos dos nossos concidadãos, os políticos, e, quanto mais baixa é a sua inteligência e a sua segurança, menor é a capacidade de compreender que os tempos mudaram e que eles já não mandam nos jornais lá da santa terrinha como faziam antigamente.
Fecham o povoaonline e imediatamente surge o povoaoffline, se o voltarem a fechar surgirá o povoaredline, povoasuperline ou outro qualquer…Sai-lhe o tiro pela culatra… Convido, pois, os meus ilustres amigos e visitantes a irem saudar o novo blogue http://povoaoffline.blogspot.com/ e a deixarem lá os vossos comentários…
Talvez assim os Alberto Joões deste país comecem a entender que os tempos mudaram… É preciso que lhes penteemos a cabeça…
suspenso por ordem judicial 30.06.2008, Ana Cristina PereiraTribunal dá razão a autarcas da Póvoa de Varzim em processo por difamação contra desconhecidos que os acusavam de corrupçãoOrdem das Varas Cíveis de Lisboa emitida a 13 de Maiohttp://jornal.publico.clix.pt/ edição impressa p.12
Blogues: Autarca da Póvoa de Varzim admite pedir fecho de blogue que substitui outro encerrado pelo tribunal30 de Junho de 2008, 10:56http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/300d8c73b24746a3e5a777.html
quink644
quarta-feira, junho 04, 2008
desenho um deserto estelar no teu abraço nocturno,
abro-te o templo________________límpido. sem morte nem sombras
_________________FLUTUAS____________
cantante e adolescente.
fissuras-me por dentro.
________________________
2.
e da viagem que não faremos registo a fonte. a melancólica
pálpebra de um crepúsculo tropical. lucidez do impossível.
_______________hoje mais mudo. o sangue. na etérea passagem dos
estilhaços______________________
3.
ser frémito ou ave depende do rigor das sílabas__________
e lá fora os arbustos distendem-se.
rosáceos.
_______________________________________
e a neve febril mas óssea é a nossa casa__________
de música e de lágrimas.
segunda-feira, junho 02, 2008
Deixem-me brincar...
Cansei-me de me levar extremamente a sério!! Deixem-me esquecer que sou tão real como a tua inspiração soterrada neste outro fragmento de tempo que é meu. Nesta outra solidão de mãos dadas com o vazio passo a passo construindo em ti um lugar…
Deixem-me ser…
Contra a corrente do meu relâmpago e breve contentamento.
Dedução
Cada pingo de sangue
Conhece o seu trajecto
No corpo que o suporta,
Como numa pista de rali.
Acelera e trava,
Com os sobressaltos do coração.
Para o descrever,
Recorre-se às equações de Navier-Stokes,
Porque outras mais fechadas,
Estarão decerto erradas.
Quanto erro tem essa descrição?
Quanta dúvida existe,
Sobre a vida que aí persiste?
Quantos saltos, quânticos ou não,
Tem essa simples configuração?
No regresso há um recomeço.
Como se a singularidade,
De um pingo de sangue,
Fosse explicada:
Pela simetria do espaço que percorre
E do tempo que nos faculta,Qual cosmologia de Moncrief.
Um pingo de sangue conhece o seu trajecto
Nas cartas da física,
Mas estranha por completo,
Os requisitos da sua função.
Seja ela F(v), onde v,
É a variável independente da vida.
Desambientado