segunda-feira, junho 30, 2008

Cretinos mandam tribunal fechar Blogue e acham que assim resolvem o problema…

Custa-me bastante a entender a cretinice que é necessária para interpor uma providência cautelar com vista a encerrar um blogue que diz algo que não se quer ouvir, desde logo por considerar que as pessoas devem ser livres de expressar a sua opinião e as outras de as julgar. Isto funciona, em parte, como a lógica do mercado: as afirmações e opiniões colocadas num blogue têm credibilidade e sustentabilidade e as pessoas gostam e voltam lá, por muito que custe a quem é visado ou, pelo contrário, não têm nenhuma dessas qualidades e o blogue extingue-se naturalmente…
Infelizmente, em Portugal continua a vigorar a censura cinzenta imposta pelos mais cinzentos dos nossos concidadãos, os políticos, e, quanto mais baixa é a sua inteligência e a sua segurança, menor é a capacidade de compreender que os tempos mudaram e que eles já não mandam nos jornais lá da santa terrinha como faziam antigamente.
Fecham o povoaonline e imediatamente surge o povoaoffline, se o voltarem a fechar surgirá o povoaredline, povoasuperline ou outro qualquer…Sai-lhe o tiro pela culatra… Convido, pois, os meus ilustres amigos e visitantes a irem saudar o novo blogue http://povoaoffline.blogspot.com/ e a deixarem lá os vossos comentários…
Talvez assim os Alberto Joões deste país comecem a entender que os tempos mudaram… É preciso que lhes penteemos a cabeça…

suspenso por ordem judicial 30.06.2008, Ana Cristina PereiraTribunal dá razão a autarcas da Póvoa de Varzim em processo por difamação contra desconhecidos que os acusavam de corrupçãoOrdem das Varas Cíveis de Lisboa emitida a 13 de Maiohttp://jornal.publico.clix.pt/ edição impressa p.12

Blogues: Autarca da Póvoa de Varzim admite pedir fecho de blogue que substitui outro encerrado pelo tribunal30 de Junho de 2008, 10:56http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/300d8c73b24746a3e5a777.html

quink644

quarta-feira, junho 04, 2008



1.
desenho um deserto estelar no teu abraço nocturno,
abro-te o templo________________límpido. sem morte nem sombras
_________________FLUTUAS____________
cantante e adolescente.
fissuras-me por dentro.
________________________
2.
e da viagem que não faremos registo a fonte. a melancólica
pálpebra de um crepúsculo tropical. lucidez do impossível.
_______________hoje mais mudo. o sangue. na etérea passagem dos
estilhaços______________________
3.
ser frémito ou ave depende do rigor das sílabas__________
e lá fora os arbustos distendem-se.
rosáceos.
_______________________________________
e a neve febril mas óssea é a nossa casa__________
de música e de lágrimas.

segunda-feira, junho 02, 2008

Deixem-me brincar...


Deixem-me brincar...
Cansei-me de me levar extremamente a sério!! Deixem-me esquecer que sou tão real como a tua inspiração soterrada neste outro fragmento de tempo que é meu. Nesta outra solidão de mãos dadas com o vazio passo a passo construindo em ti um lugar…
Deixem-me ser…

Contra a corrente do meu relâmpago e breve contentamento.

Dedução




Cada pingo de sangue
Conhece o seu trajecto
No corpo que o suporta,
Como numa pista de rali.
Acelera e trava,
Com os sobressaltos do coração.

Para o descrever,
Recorre-se às equações de Navier-Stokes,
Porque outras mais fechadas,
Estarão decerto erradas.




Quanto erro tem essa descrição?
Quanta dúvida existe,
Sobre a vida que aí persiste?
Quantos saltos, quânticos ou não,
Tem essa simples configuração?




No regresso há um recomeço.
Como se a singularidade,
De um pingo de sangue,
Fosse explicada:
Pela simetria do espaço que percorre
E do tempo que nos faculta,Qual cosmologia de Moncrief.




Um pingo de sangue conhece o seu trajecto
Nas cartas da física,
Mas estranha por completo,
Os requisitos da sua função.
Seja ela F(v), onde v,
É a variável independente da vida.



Desambientado