Dedução

Cada pingo de sangue
Conhece o seu trajecto
No corpo que o suporta,
Como numa pista de rali.
Acelera e trava,
Com os sobressaltos do coração.
Para o descrever,
Recorre-se às equações de Navier-Stokes,
Porque outras mais fechadas,
Estarão decerto erradas.

Quanto erro tem essa descrição?
Quanta dúvida existe,
Sobre a vida que aí persiste?
Quantos saltos, quânticos ou não,
Tem essa simples configuração?

No regresso há um recomeço.
Como se a singularidade,
De um pingo de sangue,
Fosse explicada:
Pela simetria do espaço que percorre
E do tempo que nos faculta,Qual cosmologia de Moncrief.

Um pingo de sangue conhece o seu trajecto
Nas cartas da física,
Mas estranha por completo,
Os requisitos da sua função.
Seja ela F(v), onde v,
É a variável independente da vida.

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